A SAVASSI PEDE SOCORRO

Enquanto os números da violência estão em patamares muito altos, assustando a população, que pleiteia mais polícia, órgãos vinculados a essa temática endossam o pedido, quando, na qualidade de técnicos, deveriam trabalhar no por que isso está acontecendo, nas causas, e buscar soluções e não paliativos, como vem acontecendo. O que ocorre na Savassi é amostra do que ocorre em nossas cidades: arrastões, latrocínio, invasão de propriedades, etc, que exigem maior rigor e vigor das polícias. Essa atuação deveria ser aplaudida pela população, ao mesmo tempo em que ela deveria exorcizar comportamento incorreto daqueles que invocam, inadequada, irresponsável e descabidamente, os direitos humanos, como pano de fundo de interesses escusos. A população em situação de rua, que vem aumentando assustadoramente, mostra como um problema social é tratado pelo governo, isto é, há bons programas e projetos para administrá-lo, mas, não há política pública para solucioná-lo, ainda que visionariamente. Assim, se cidadania é exigir direitos e cumprir deveres, certamente essa balança está desequilibrada! Os menores infratores que, por falta de espaços públicos de lazer, invadem residências, casas comerciais, roubam, não respeitam o próximo, agora, pasmem, estão desafiando a polícia. Aí, o erro é de base, é erro na formação do caráter, o que era muito bem feito por nossos educadores, quando tinham respeitada sua dignidade profissional.

Reconhecendo o entusiasmo do nobre vereador, a audiência permitiu que certas evidências aflorassem, mostrando que o poder público está desnorteado. Faltam sistematização correta do problema, sintonia entre povo e governo, sincronia nos órgãos vinculados, sinergia resultante de esforços públicos e privados e, fundamentalmente, ações simultâneas.

E a população, com medo, até então retraída, começa a praticar ações explosivas e surpreendentes. O que é extremamente preocupante!…

(*) Coronel Reformado da PMMG
Ex-Comandante da Região Metropolitana de BH

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