PARCERIA – PMMG E FIEMG

Para o gerente, o assunto é polêmico, preocupante, mas ele afirma que acredita no sucesso do programa que conheceu ao assistir a formatura de uma turma, a convite da PMMG. “Vi o entusiasmo dos alunos e dos instrutores. A PM na sua atividade precípua tem sensibilizado a comunidade com este programa. Chegamos à conclusão que reprimir pontualmente não era uma forma adequada, então, vamos somar a repressão com a prevenção”, enfatizou.

ACREDITAR

Acreditar no programa é o primeiro passo para que uma escola solicite a presença de um policial e as lições, para que os jovens aprendam a ficar longe das drogas. O Maj PM Hudson Matos Ferraz Junior, da Seção de Prevenção às Drogas, da Diretoria de Apoio Operacional – DAOp afirmou que PM e Fiemg vinham há dois anos sinalizando a vontade de firmar a parceria a partir de algumas experiências de sucesso. “O diálogo é a chave”, disse o oficial. O programa está presente em mais de 50 países do mundo. Em Minas Gerais foi implantado em 1998. São mais de 3 milhões de crianças, adolescentes, jovens e adultos atendidos, 700 policiais militares treinados atuando em mais de 500 municípios, em escolas das Redes Públicas e Particulares do Estado.

“Isso é confiar no programa, que representa mais um esforço. Somando família, escola e Polícia Militar, reforçamos conceitos permanentes para dificultar o diálogo entre traficantes e jovens”, sinalizou.

E para apresentar como os jovens estão se sentido diante desta questão delicada, o aluno Patrick Aguiar, do Centro em Excelência e Tecnologia Maria Madalena Senai Betim contou sua experiência no Proerd, comparando a questão das drogas com um câncer da sociedade. “Toda quarta-feira vivemos uma experiência no programa com o Cabo Roberto. A ideia de buscar a PM para nos ajudar é exemplar”, disse o aluno.

PM MAIS PRÓXIMA

“Que polícia a comunidade quer?” O Comandante-geral da PM, Coronel Marco Antônio Badaró Bianchini, afirmou que fazer a pergunta ajuda a entender a ação da Polícia Militar e como a comunidade quer que a Instituição atue. Lembrou o surgimento do programa Polícia e Família para afirmar que presença e participação são partes do novo conceito de fazer polícia e que prevenção é o caminho. Ressaltou o papel da PM e sua participação na vida do cidadão, lembrou compromissos assumidos quando tomou posse como comandante-geral e elogiou os militares instrutores do Proerd. “Sou grato a cada um de vocês, pela dedicação e pelo bem que fazem. Vocês têm meu reconhecimento”, disse o oficial, enfatizando que ainda encontrará uma maneira de reconhecer formalmente a atuação de cada instrutor.

VALORIZAÇÃO DO JOVEM

O presidente do Sistema Fiemg e ex-aluno do Colégio Tiradentes da PMMG, Olavo Machado Júnior, destacou a presença de todos os superintendentes da Federação no momento da formalização da parceria entendendo como um sinal da preocupação de todos, enquanto pais, avós ou instrutores. Registrou seu reconhecimento pelo trabalho da Polícia Militar. “O sofrimento gerado pelo uso de drogas, a desestruturação de famílias podem dar lugar para outros caminhos para a valorização dos jovens e a construção de um país melhor. A preocupação da PM é a nossa também e vamos unir esforços para trabalhar de maneira preventiva”, salientou Olavo Machado.

TRABALHO JÁ COMEÇOU

Policiais Militares já vinham atuando em escolas da rede Fiemg, em situações pontuais, como é o caso do Cabo Roberto Mauro Carneiro de Souza, do 33º BPM, que já foi convidado para palestras e encontros com os jovens de Betim. Mas, agora este trabalho está normatizado por meio da parceria.

O Cabo Roberto tem 18 anos de PM e 11 deles atuando no Proerd. Reúne experiência, talento e habilidade para lidar com jovens e já vem atuando no Senai Betim há dois anos, com palestras apresentadas para os três turnos. Começou neste educandário com o JCC – Jovens Construindo a Cidadania e, agora, vai ampliar sua atuação com as lições do Proerd.

“Os estudantes estão entrando ou saindo da adolescência, um momento que os coloca em evidência, um momento crucial para a formação da personalidade. Na turma em que venho trabalhando, os alunos são dinâmicos, estão fazendo estágio, ou seja, têm o dia preenchido com atividades saudáveis. Não podemos perder este jovem. O trabalho que faço é gratificante. Aplicar o programa, ver o aluno envolvido e a comunidade também. Tudo isso mostra que nosso papel está sendo bem feito”.

(Márcia Cândido)

Fonte: PMMGPublicado em 17/03/2015

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