9º FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA

O objetivo do evento foi fortalecer o diálogo e o intercâmbio de experiências, de forma a induzir boas práticas e estimular o debate sobre segurança pública. Com mais 150 especialistas do Brasil e do exterior, o encontro contou com 29 mesas, um workshop, três conferências internacionais, além das atividades de órgãos colegiados de membros do FBSP.

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A abertura do evento foi presidida pelo secretário de segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame e outras autoridades presentes, com destaque para a Sra Regina MIki – Secretaria Nacional de Segurança Pública – SENASP.

O Secretario – Beltrame relembrou que o art. 144 da CR/88 não foi regulamentado, acarretando entraves na construção de um sistema de segurança pública (o que não existe), bem como que as ações de segurança pública caracteriza-se como um conjunto harmônico de atividades desenvolvidas por diversos atores. Contudo, há falhas de comunicações e entendimento. Que a “Polícia é a ponta da flecha”, ou seja, é uma metáfora evidenciando que a Polícia atua somente na consequência da violência, sendo que o corpo da flecha são os demais órgãos componente do sistema de segurança e estão inertes e m alguns momentos. Dessa forma enxuga-se o gelo.

A Secretaria – Regina Miki destacou que o quantitativo de presos provisórios, perfazendo um total de 40 (quarenta) mil e 80%(oitenta) por cento desse montante aguarda julgamento (cumprimento tempo maior que a própria pena); falta de um sistema de segurança a pública, impunidade; penas alternativas em detrimento da pena de prisão (custo alto e baixo benefício) e frisou que a máquina do legislativo, por vezes se movimenta de forma eleitoreira, descompromissada com a realidade do quadro da criminalidade e violência brasileira.

O coronel Íbis Silva, chefe de gabinete do comando-geral e ex-comandante da Polícia Militar, palestrou, na quarta-feira, sobre o tema ‘Homicídio de Jovens Negros’, ao lado de Raul Santiago, do Coletivo Papo Reto, do Alemão; de Átila Roque, diretor da Anistia Internacional; e de Sílvia Ramos, diretora do Centro de Estudos de Cidadania e Segurança (Cesec), da Universidade Cândido Mendes. Em seu discurso, o coronel afirmou que a pacificação do Alemão não obteve sucesso porque começou de forma errada, destacando que a melhor opção seria a reocupação com forças especiais da própria PM e reforço no policiamento das proximidades à comunidade.

A AOPMBM participou do evento com a comitiva formada pelo seu Presidente, Ten Cel PM Ailton Cirilo da Silva, Diretora e Conselheira Cel PM Luciene Magalhães de Albuquerque e Ten Cel PM Murilo Ferreira dos Santos.

No último dia de evento, o FBSP divulgou a “Pesquisa de vitimização e risco entre profissionais do sistema de segurança pública”. Realizada em parceria com o Núcleo de Estudos em Organizações e Pessoas, da FGV/EAESP, e o Ministério da Justiça, o estudo ouviu mais de 10,3 mil agentes e apontou que, além de serem alvo fácil da violência urbana, a maior parte dos agentes de segurança do país sofrem com situações dentro e fora do ambiente de trabalho. O resultado disso é alarmante: mais de 15% dos policiais brasileiros já foram diagnosticados com algum tipo de distúrbio psicológico.

Enfim, o evento foi grandioso e de alta qualidade, em razão das complexidades apresentadas e apontamentos científicos, provenientes de pesquisadores da área da segurança pública, que contribuiu de forma significativa para o aprimoramento intelectual dos presentes.

A AOPMBM, através de seus Membros e representantes, cumpre seu desiderato compromisso de pautar todas as discussões postas, que possam interferir direta e/ou indiretamente na vida e carreira do Policial e Bombeiro Militar.

Estaremos vigilantes, ativos e participativos no sentido de construirmos uma sociedade igualitária, coesa e ordeira, bem como apostamos no diálogo e na aproximação de segmentos afins, bem como de edificar propositivas que melhorarem a segurança pública.

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