RELATOR MUDA TEXTO DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA PARA CONSEGUIR APOIO DE POLICIAIS

O relator da reforma da Previdência em análise na Câmara dos Deputados (PEC 287/16), deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), anunciou nessa terça-feira (6) mudança no texto para favorecer policiais e conseguir mais votos à proposta.

A nova alteração beneficia viúvo ou viúva de policial morto em ação, que passa a receber pensão integral e não mais um percentual do salário, como na versão anterior. A mudança busca conseguir mais votos de deputados da bancada da segurança pública e valeria para cônjuges de policiais rodoviários federais, policiais federais e policiais civis. Policiais militares estão fora da reforma da Previdência.

“Eu não sei se caso essa PEC não seja aprovada, se o próximo presidente da República será tão condescendente como nós. Penso que os policiais devem refletir bastante”, disse Oliveira Maia, ao lembrar que a bancada da segurança pública afirma ter cerca de 21 deputados.

A estimativa do governo é que haja 275 votos a favor da reforma. Com a nova mudança, o total chegaria a 296, 12 a menos que os 308 para aprovação em primeiro turno.

Oliveira Maia dever apresentar a nova versão do texto, com as mudanças sobre os policiais nesta quarta-feira (7). Ele já havia dito que não adianta fazer mudanças na PEC sem a contrapartida de mais votos favoráveis nas bancadas. “Temos de aprovar uma reforma que caiba dentro da condição política que o Congresso vive neste momento”, afirmou.

Obstrução tota
l
A nova mudança não altera a posição dos deputados contrários à reforma da Previdência. Durante a tarde desta terça-feira (6), movimentos sociais, entidades sindicais e parlamentares se reuniram na Câmara para criticar a PEC.

“Nós da bancada do PT entraremos hoje já em obstrução total. Vamos obstruir toda pauta de funcionamento da Câmara enquanto nós não tivermos derrotado definitivamente a reforma da Previdência”, disse o líder do partido, deputado Paulo Pimenta (RS).

Participaram do ato, deputados e senadores da Frente Parlamentar Mista em defesa da Previdência, movimentos como de Trabalhadores sem Teto (MTST) e centrais sindicais como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).

Fonte: Agência Câmara

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