Militares entrarão “na segunda parte da reforma”, afirma Bolsonaro

O governo pretende fazer uma reforma da Previdência “bastante substancial” para combater o problema fiscal, disse o presidente Jair Bolsonaro, em Davos. Ele diz acreditar que a elevada dívida interna e os problemas dos estados geram a consciência da necessidade dos ajustes, o que deve garantir a aprovação do projeto.

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“Esse sentimento é que nos dá praticamente a certeza de que a reforma da Previdência será aprovada, obviamente com pequenos ajustes entre a nossa proposta e aquela que o Parlamento irá aprovar”, afirmou o presidente, em entrevista ao editor-chefe da Bloomberg, John Micklethwait.

Bolsonaro afirmou que os militares entrarão “na segunda parte da reforma”, sem dar mais detalhes. “Precisamos fazer o dever de casa para que acreditem em nós, precisamos recuperar a confiança.”

Venezuela e Mercosul

O presidente disse também que o estudo de privatizações está praticamente concluído e incluirá estatais deficitárias.

“O Brasil tem que dar certo conosco. Senão, a esquerda volta ao poder e daí não sabemos qual será o destino do Brasil. Talvez, se aproximar do regime em que se encontra a Venezuela.” Jair Bolsonaro

Sobre a dificuldade de o Mercosul fechar acordo comercial com a União Europeia, Bolsonaro disse que há um impasse gerado por condições impostas pela França que prejudicam as commodities (matérias-primas) brasileiras. “Isso não será solucionado brevemente.”

Flávio Bolsonaro

Perguntado sobre as transações financeiras sob suspeita envolvendo Flávio Bolsonaro, o presidente atribuiu a alta repercussão ao fato de o senador eleito ser seu filho. Ele disse que as transações imobiliárias e os depósitos feitos na conta do filho mais velho já foram comprovados. Se por ventura ele vier a errar, se for comprovado, eu lamento como pai, mas vai pagar aí o preço dessa ação que nós não podemos coadunar

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