Artigo Cel Klinger: Rastreando a Verdade (XCI) GRANDES FEITOS→Grandes Homens
“Há grandes homens que fazem com que todos se sintam pequenos. Mas o verdadeiro grande homem é aquele que faz com que todos se sintam grandes.” G. K. Chesterton – Poeta/Filósofo/Escritor – Inglês
Entende-se por Grandes Feitos o “fazer acontecer” no seio das comunidades ou instituições (micro ou macro), que resulte na elevação e realização do ser humano, através da edificação da justiça social, alívio ao sofrimento, respeito à sua dignidade… Quem “faz acontecer” são os Grandes Homens.
7,6 bilhões de individualidades! Imensidão numérica. Não há duas iguais. Cada Alma, na sua marcha cósmica, dispõe de um perfil singular: matriz sem filial. Todos compondo a humanidade que ascendeu, de forma fabulosa, em Nível de Conhecimento (ordem intelectual), mas claudica em Nível Consciencial (ordem moral).
Pela ótica da teoria do QI (Quociente de Inteligência) e QE (Quociente Emocional), abordada nesta série: tema XL, há um ascenso em descompasso. Na maioria das vezes, o indivíduo, atrelado aos valores do Ter, sobe vertiginosamente em QI, mas permanece lento, ou mesmo estagnado, em QE.
Homens de alto QI e baixo QE são encontrados em todos os segmentos de atividades, desde as mais simples às mais complexas. Provocam danos, pois se guiam pelo egoísmo, ambição desmedida por bens materiais, honrarias, poder etc. Não hesitam em mentir, subjugar, destruir, corromper, roubar, matar…
Se a esfera de influência dos altos QI/baixos QE é diminuta, os estragos são menores. Porém, se alcançam elevadas posições, os danos extrapolam. Tivemos exemplos marcantes na política mundial: Hitler, Stalin, Pol Pot e seus sequazes do Khmer Vermelho… No âmbito brasileiro – seara político/empresarial – eles atuaram. Vide onda de corrupção que quase destruiu a Petrobrás, degradou empresas públicas, áreas de infra-instrutora etc. Estes são os Pequenos Homens, grandes em bens e poder, mas de estatura moral rastejante.
Na lição dos mestres maiores, quando os vetores QI e QE ascendem sem maiores descompassos, o Ser Humano caminha em interação com a lei regente do universo: o AMOR. Dependendo da intensidade interativa, alcança o patamar da Sabedoria. Das tribos às nações, encontram-se sábios. Estes construíram instituições; mantiveram-nas. Desestruturaram regimes escravocratas. Quebraram paradigmas obsoletos. Mobiliaram atividades humanas diversas: educação, ciência, política, artes, economia… Os nomes estão insculpidos no Panteão da História: Péricles, Sócrates, Moisés, Buda, Jesus Cristo, Leonardo Da Vinci, Isaac Newton, Pasteur, Churchil, Franklin Roosevelt… No Brasil, tivemo-los: Zumbi, Tiradentes, Frei Caneca, José Bonifácio, Barão de Mauá, Duque de Caxias, Gen. Osório, Castro Alves, Rui Barbosa, Carlos Gomes, Oswaldo Cruz, Guimarães Rosa, Juscelino Kubitscheck…
Por que nossas comunidades ou instituições – por menores que sejam – existem e cumprem seu papel social? Porque tiveram, ao longo da história, homens que as preservaram e as desenvolveram via GRANDES FEITOS. É nosso dever, geração herdeira dos legados, reverenciar a memória desses GRANDES HOMENS.
Klinger Sobreira de Almeida é Militar Reformado e Membro da Academia de Letras João Guimarães Rosa / Polícia Militar de Minas Gerais