Proposta para servidores da segurança é criticada na ALMG
Proposta de recomposição salarial dos servidores da segurança pública foi rechaçada, nesta terça-feira (17/9/19), durante a fase de Oradores da Reunião Ordinária de Plenário, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Parlamentares criticaram a indefinição do Poder Executivo quanto aos índices a serem aplicados ao cronograma que busca compensar as perdas salariais acumuladas entre janeiro de 2015 e agosto de 2019.
De acordo com o planejamento do governo, os reajustes de recomposição da inflação se darão em quatro parcelas anuais, sendo que a primeira está prevista para setembro de 2020. No entanto, não foram anunciados os percentuais de aumento, deixando inclusive a última parcela a cargo, talvez, de um novo governo, em 2023.
O deputado Delegado Heli Grilo (PSL) disse que, após sete horas de reunião entre parlamentares estaduais e federais, representantes de 15 entidades de classe e o secretário de Governo, Bilac Pinto, não houve acordo. “Eles tentaram até mesmo impor um percentual de defasagem salarial inferior aos 28,82% devidos”, ressaltou o parlamentar.
Para o deputado Sargento Rodrigues (PTB), o anúncio do cronograma de recomposição sem a previsão dos índices é inócuo. “Os servidores estão em situação limite, endividados por conta do parcelamento de salários, e ainda terão que esperar até setembro de 2020 para receberem a primeira parcela da recomposição, sem saber o que esse valor, de fato, representará”, destacou Sargento Rodrigues.
Os deputados Coronel Sandro e Bruno Engler (ambos do PSL) também participaram da reunião com o secretário de Governo. Eles classificaram o desfecho da negociação como “lamentável”. Ainda os deputados Carlos Pimenta (PDT), Elismar Prado (Pros), Noraldino Júnior (PSC) e Cleitinho Azevedo (Cidadania) manifestaram apoio às reivindicações das categorias e cobraram clareza sobre os percentuais de reajuste.