Operação Brumadinho é suspensa em virtude do Covid-19

Conforme deliberação do Comitê Extraordinário Covid-19, publicada no Diário Oficial de Minas Gerais, neste sábado (21), foi determinada a paralisação momentânea das buscas pelas vítimas da barragem da Mina do Córrego do Feijão, no Município de Brumadinho, como medida de prevenção, enfrentamento e contingenciamento da epidemia/surto de doença infecciosa viral respiratória causada pelo Coronavírus.

A operação retornará com a constatação de inexistência de novos casos de contágio local ou comunitário no Estado.

O Corpo de Bombeiros manteve-se empenhado nesta missão por 422 dias ininterruptos, com um efetivo de 3.618 militares, computando neste período, 270 vítimas, com 259 óbitos. Nesses quase 14 meses de operação, a tropa permaneceu motivada encontrando segmentos diariamente. E com a mesma determinação o CBMMG planeja reaver as 11 joias que continuam desaparecidas.

No entanto, o mundo enfrenta um momento que exige uma pausa, pelo bem de nossos bombeiros militares, bem como de funcionários da mineradora, operadores de máquinas e terceirizados que convivem em ambiente comum e propenso a contaminação. A operação reúne indivíduos de diferentes regiões do estado, podendo por essa característica, ser um centro de contaminação e disseminação do agente coronavírus. Por tudo isso, faz-se necessário agir com senso de responsabilidade e prudência para evitar que a pandemia ganhe terreno.

A desmobilização temporária dos militares empenhados em campo acontece gradualmente ao longo do dia de hoje (21). O Staff da operação, porém, permanecerá no Posto de Comando, base Bravo, até o dia 23 de março, para a adoção de medidas necessárias à interrupção das atividades e sua futura reativação.

O Corpo de Bombeiros está tomando todas medidas para que a suspensão não inviabilize a retomada das buscas. Estão sendo implementadas ações de preservação e controle da área, tais como georreferenciamento, levantamento topográfico e identificação de todo o material, a fim de restringir possíveis dificuldades. Além disso, como se trata de uma área de crime, um efetivo reduzido permanecerá no local até o retorno dos trabalhos, além da guarda patrimonial da Vale.

Cabe ressaltar que o compromisso firmado pelo Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais para com as famílias das 11 joias que permanecem desaparecidas se mantém inalterado. Passado o momento de caos, as buscas seguirão imbuídas na missão de oferecer uma resposta às famílias que ainda aguardam por uma despedida mais digna.

Da Assessoria de Comunicação Organizacional do CBMMG

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