Artigo: Segurança Cibernética – Notícias falsas em tempos de pandemia da COVID-19

Quem não se vê na dúvida se aquela mensagem que foi recebida pelo WhatsApp é verdadeira ou falsa?

Até a pandemia causada pelo coronavirus existia o consenso de que as fake news objetivavam:

  1. espalhar o terror entre os usuários da internet;
  2. prejudicar alguém, de modo a denegrir sua imagem ou imputar-lhe ações que nunca tenha praticado;
  3. prejudicar a imagem no mercado a respeito de uma pessoa jurídica e a baixa qualidade dos produtos por esta fornecidos;
  4. impulsionar as vendas de determinado produto, prometendo efeitos milagrosos àqueles que os adquirirem.
  5. Testar a aceitação de uma ideia

Provavelmente vocês já identificaram pelo menos um tipo dessas notícias falsas, mas na atualidade podemos identificar um outro tipo de fake news. Aquelas que são compartilhadas com a clara intenção de ajudar o próximo, nesses momentos de crise mundial causada pelo SARS-COV2.

O artigo de hoje busca ajudar você a distinguir entre uma informação legítima e uma falsa. Inicialmente é interessante mencionar que vários portais foram criados para mitigar a disseminação de notícias falsas na internet. Dentre eles podemos citar https://www.boatos.org/ e https://projetocomprova.com.br/, e o Facebook e o Google estão se esforçando para detectar fake news que trafegam nas suas plataformas.

E você, quando recebe uma mensagem que aparentemente é verdadeira, o que deve fazer antes de compartilhar com os seus amigos?

Eu sugeriria submetê-la à alguns filtros, o primeiro e mais importante: a fonte. Quando se fala sobre a fonte, a primeira pergunta que se faz é: ela é confiável? Confiável no sentido de sempre compartilhar conteúdos pertinentes e confirmados. A segunda pergunta que deve ser feita é: ela é competente? Quando menciono a competência estou me referindo à técnica (o fulano é especialista no assunto) ou à vivência (o fulano viu o fato).

Vencido o  filtro da fonte, podemos pensar na coerência. O que foi noticiado é coerente com a realidade? Se não for coerente, abandone. O próximo filtro é o da completude da informação, ou seja, a frase está completa? O sujeito é definido? Indica a fonte primária?

Um outro filtro a ser adotado se vincula à verificação quanto à mesma publicação em demais fontes confiáveis e por fim se a notícia é atual.

Quando se lê a primeira vez esses filtros sugeridos pode parecer muito trabalho, mas, com o tempo essas verificações começam a ocorrer de forma automatizadas e muitas vezes pararão na fonte.

Especificamente sobre o SARS-COV2, foram criados portais que estão sendo atualizados constantemente com informações relevantes à população coloco em destaque os portais criados pelo Ministério da Saúde https://coronavirus.saude.gov.br/ e https://www.saude.gov.br/fakenews. Especialmente no último, à um número de WhatsApp para que sejam enviadas as mensagens que geram dúvidas e são confirmadas ou refutadas, sendo (61)99289-4640 e o link para acessar é a https://api.whatsapp.com/send?phone=5561992894640.

Outra iniciativa bastante interessante foi o canal disponibilizado pela World Health Organization através do WhatsApp no qual uma inteligência artificial disponibiliza informações atualizadas da COVID-19 no mundo, dá dicas de proteção, responde à questionamentos, tira dúvidas em relação à mitos que foram criados. Para acessar é só salvar o número +41 79 893 18 92 ou acessar o link https://api.whatsapp.com/send?phone=41798931892.

Espero ter ajudado e coloquem nos comentários quais assuntos vocês gostariam ou desejam conhecer um pouco mais que eu selecionarei aqueles que forem mais mencionados e escreverei na próxima quinzena.

Até mais e tenham uma #NavegaçãoSegura.

Ricardo Gonçalves é Tenente-Coronel da Polícia Militar de Minas Gerais  e associado desde novembro de 2000
Atualmente ele chefia o Grupo de Combate ao Crime Cibernético da PMMG

 

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