Dia Mundial do Meio Ambiente: veja o alerta e as ações do Corpo de Bombeiros e do CPMAmb

O Dia Mundial do Meio Ambiente é celebrado nesta sexta-feira, dia 5 de junho. A data foi instituída como forma de atrair a atenção da população para a importância da preservação dos recursos naturais no planeta.

Nesse contexto, a Polícia Militar, por meio de seu Comando de Policiamento de Meio Ambiente e o Corpo de Bombeiros alertam para atividades que possam colocar em risco o equilíbrio da Fauna e Flora em Minas Gerais.

Neste dia, a AOPMBM traz a seus associados e leitores as principais informações sobre operações que visam preservar o Meio Ambiente. Leia a seguir: 

Companhia de Policiamento de Meio Ambiente

“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.

O excerto do Art. 225 da nossa Carta Magna, a Constituição Federal da República Federativa do Brasil, demonstra a importância do Meio Ambiente para a vida de todos que habitam o Planeta Terra.

O Meio Ambiente, por si só, é capaz de manter-se em pleno equilíbrio e saudável. Cada ser vivo cumpre sua função nesta máquina viva que é nosso planeta. É o que chamamos de biodiversidade, ou seja, a variedade de indivíduos vivos existentes em nosso planeta. As relações ecológicas mantidas pelos animais, plantas, parasitas, bactérias e protozoários são necessárias para controlar populações, disponibilidade de alimentos e demais recursos naturais como água e ar. Quando há interferência, há desequilíbrio.

O aquecimento global provoca a morte de corais, principal local de fixação das algas, que produzem 80% de todo o ar que respiramos. As queimadas, além de poluir o ar disponível, causam a diminuição da flora, tal qual o desmatamento. A perda da camada vegetal causa diminuição das populações que dela dependem, como aves, insetos e mamíferos herbívoros e frugívoros. Estes animais, muitas vezes, atuam como dispersores ou polinizadores, ou seja, são os principais mantenedores da flora. Como consequência da perda de cobertura vegetal, há
empobrecimento do solo, dificultando a regeneração vegetativa. Com a ausência de matas ciliares, que evitam o assoreamento e poluição de recursos hídricos, o leito dos cursos d’água torna-se cada vez mais estreito e raso, afetando o ecossistema aquático e causando a
morte dos seres que o habitam. Aqui, percebemos como tudo está interligado.

A Polícia Militar de Minas Gerais, através do CPMAmb – Comando de Policiamento de Meio Ambiente, executa diuturnamente operações e patrulhas ambientais com o objetivo de preservar e proteger, essencialmente, a vida. O Batalhão de Polícia Militar de Meio Ambiente, subordinado ao CPMAmb, garante o correto cumprimento das leis e Decretos, Federais e Estaduais, assim como as demais normas ambientais.

O portfólio de serviços prestados pela Unidade é composto por ações educativas, como palestras e exposições ambientais, além do PROGEA – Programa de Educação Ambiental, cujo objetivo é capacitar alunos do 4º ano de escolas públicas e privadas para, através do despertar do senso crítico, atuarem como agentes na promoção de um meio ambiente melhor ao longo de gerações; ações preventivas, mediante a execução de blitzen e patrulhas ambientais; ações repressivas, através do atendimento de denúncias registradas pela população e do GEPAM – Grupo Especial de Policiamento Ambiental, criado para atuar na repressão qualificada de crimes praticados nas zonas rurais, como o “novo cangaço”.

Os policiais militares, distribuídos nas 16 Companhias de Polícia Militar de Meio Ambiente, evitam que mineradoras e madeireiras, agindo ilegalmente, desmatem imensas áreas verdes. Ao passo que incêndios ambientais devastam florestas tropicais em todo o mundo, transformando-as em savanas e agravando mudanças climáticas, Combatem, também, a extração irregular de recursos hídricos ou a poluição destes, prevenindo a falta de água potável disponível para consumo, além do tráfico de animais silvestres, que é a segunda maior causa de perda de biodiversidade no mundo – sendo o desmatamento a principal. Ainda, estes militares fiscalizam indústrias para garantir o cumprimento de exigências ambientais que reduzem a poluição do ar e água. Por fim, as espécies aquáticas, como peixes e plantas, são alvo de atenção, sobretudo no período entre 01º de novembro e 28 de fevereiro, chamado de Piracema – época em que os peixes se reproduzem e por isso a pesca é restrita.

Para se entender a importância da atuação da PMMG no que concerne a infrações e crimes praticados contra o meio ambiente, necessário para uma vida saudável, vejamos o atual contexto. Há pouco mais de 6 meses, temos sofrido com uma crise, acima de tudo, ambiental, que se revelou de maneira espetacular e assustadora. O manejo incorreto de espécies animais possibilita a transmissão de doenças do meio silvestre para o homem, como as infecções causadas pelos vírus da raiva, dengue, febre amarela, HIV, gripes aviária e suína; ou por outros microrganismos, tal qual a leishmaniose, febre maculosa, tuberculose transmitida por animais, Doença de Chagas e algumas verminoses.

A pandemia causada pela COVID-19 trouxe uma crise que afeta nossa biodiversidade. Apesar de não ser possível afirmar qual animal é o link entre o morcego e a espécie humana, há consenso sobre uma teoria: o vírus, transmitido por morcegos, sofreu mutação genética em outro mamífero, tornando-se capaz de infectar humanos. A intensa busca por vacinas e medicamentos capazes de prevenir mortes e infecção pela doença demonstrou quão profunda é a interdependência entre a humanidade e a biodiversidade. Precisamos, mais do que nunca, repensar nossa relação com os demais seres vivos. Afinal, dependemos do mesmo meio ambiente para viver.

Corpo de Bombeiros Militar alerta:

“Número de incêndios florestais cresce consideravelmente no mês de maio”

Nos primeiros meses deste ano, houve redução no número de incêndios florestais e em vegetação se comparado ao mesmo período de 2019. No entanto, a realidade muda consideravelmente quando comparamos os meses de abril e maio do ano passado com o mesmo período deste ano. Em abril, tivemos um aumento de 26%, enquanto que em maio foi registrado um crescimento de 53% no número de queimadas.

O mês de maio, historicamente, é o referencial onde os valores começam a subir, diretamente associado ao período de estiagem, que inicia, normalmente, no final de abril. Esses números acendem o alerta para reforçarmos o trabalho de conscientização da população sobre o assunto.

Além dos prejuízos de flora, fauna e solo, as queimadas provocam sérios problemas respiratórios que podem sobrecarregar ainda mais o sistema de saúde em Minas. Por isso, a conscientização por meio da imprensa se torna fundamental neste período.

O Corpo de Bombeiros tem trabalhado efetivamente em atividades de prevenção que se desdobra em várias ações como: mapeamento nas unidades de conservação, visitas técnicas, conversas com líderes comunitários, georreferenciamento, monitoramento aéreo, entre outras intervenções.

Operação Azimute

A novidade este ano fica por conta da Operação Azimute, em que os especialistas que compõem o Pelotão de Combate a Incêndios Florestais (PCIF) vêm realizando, durante todo o ano, ações de mapeamento nas unidades de conservação da RMBH. Os trabalhos foram divididos em 3 fases. Na primeira fase os militares do PCIF realizam visitas técnicas ao parque, juntamente com seus gestores para buscar informações relevantes quanto ao público, os recursos e as dificuldades que a unidade enfrenta em relação ao período de estiagem.

Após o levantamento inicial, é feita uma análise e um plano de trabalho específico para cada parque e as equipes vão a campo colher informações complementares como trilhas, pontos de captação de água, Zona de Pouso de Aeronaves e pontos de apoio para as equipes.

Finalizada esta etapa, os dados são reunidos na sala de monitoramento do Batalhão de Emergências Ambientais e Resposta a Desastres (Bemad) e fica disponível as equipes florestais do PCIF e demais batalhões. Atualmente, a operação encontra-se na fase de reunião dos dados, plotados em campo desde janeiro deste ano.

 

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