AOPMBM no jornal O Tempo

Neste sábado, 12 de dezembro, o Coronel PM Ailton Cirilo, Presidente da AOPMBM, teve seu artigo “Vidas policiais importam?” publicado no jornal O Tempo.

Veja o artigo no site do jornal aqui.

Abaixo, o artigo completo:

 

Vidas policiais importam?

Nos últimos dias, assistimos dois policiais cariocas – Cabo Derinalto Cardoso dos Santos e Sargento David da Silva Santos – serem assassinados brutalmente por bandidos durante o cumprimento da missão de proteger a sociedade. E, afinal, quanto custa proteger a sociedade? Não sabemos porque não tem preço. Vidas policiais importam? Sim, importam muito.

A esperança por dias melhores sempre é tema recorrente nas conversas entre amigos, audiências públicas, orientações religiosas, família e até nas políticas sociais dos governos. Como ter esperança no Brasil, território que, em 20 anos, não se registram ordenamentos jurídicos mais severos para frear a criminalidade e violência. Ao contrário, há um movimento pro-liberdade para criminosos, pois o Estado/Legislador é refém de interesses escusos e mormente parte ativa em muitos desmandos, teme a legislação mais dura, e ainda pode ser alvo de suas próprias leis.

Quanto custa proteger a sociedade? Não sabemos porque não tem preço. Vidas de policiais importam? Sim, importam muito. Porém, não assistimos nenhum movimento público a favor da defesa dos policiais assassinados, quais sejam: passeatas, audiências públicas, movimentos frenéticos nas mídias sociais, rádio e TV.

Quanto custa proteger a sociedade? Não sabemos, porque não tem preço. Vidas de policiais importam? Sim, importam muito. Todas as vidas importam, independentemente da cor da pele, profissão, religião, casta social, pessoas com orientações de gênero diversas, rico ou pobre, ter cabelo crespo ou não, branco ou vermelho, amarelo ou índio, vítimas de balas perdidas, enfim, todas as vidas importam.

Como diz o ditado africano: “E enquanto você reza, vá fazendo”. Precisamos de mais ações, pois orar já oramos bastante. E, aqui, faço um apelo a todos os legisladores e governantes: até quando vamos conviver com esse clima hostil e perverso, muito próximo de um ambiente quase genocida? Se de um lado ditam que a polícia brasileira é muito violenta, de outro, os policiais brasileiros são os que mais morrem no mundo.

Quanto custa proteger a sociedade? Não sabemos porque não tem preço. Vidas de policiais importam? Sim, importam muito. Pergunto, por que ainda continuamos nesse mister? Extraindo da minha experiência profissional de 30 anos como policial militar, digo, aprendemos a conjugar os verbos, lutar, defender, suar, correr, trabalhar incansavelmente e ter resiliência infindável. Ser policial é cultuar a justiça e repudiar a impunidade, seja onde e quando for.

 

 

Triênio 2019-2021

Coronel PM Ailton Cirilo

Coronel PM Rosângela Freitas

 

AOPMBM presente, cuidando de gente.

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