Mulheres na segurança pública, uma quebra de paradigmas

Muito se debate, atualmente, a respeito da introdução da mulher na Polícia Militar e o rompimento do sentimento patriarca neste órgão. De fato, a figura feminina representou um marco histórico, possibilitando a formação de mulheres na segurança pública. Em contrapartida, na sociedade contemporânea, discursos de ódio e palavras mal formuladas são proferidas a essas profissionais, decorrentes dos estereótipos herdados do passado.

No estado de Minas Gerais, a primeira turma feminina foi criada em 29 de maio de 1981, por meio do decreto 21.336, assinado pelo Governador do Estado Francelino Pereira dos Santos. Não obstante, São Paulo se destacou como pioneiro na inserção feminina, em 1955. Explicitando, o atraso em relação à incorporação de mulheres na polícia ostensiva, pela visão de inferioridade e incapacidade do gênero em relação aos homens, em que estes demandariam uma maior força física e eram mais qualificados para atividades de cunho repressivo. Entretanto, as mulheres exerceram sua devida representatividade, mostrando estarem dispostas a eliminarem o autoritarismo que as cercaram, durante anos.

Segundo Ângela Fellet, responsável pela Delegacia de Mulheres, no estado de Minas Gerais, a inserção da presença feminina faz com que haja a mudança de comportamento para lidar com casos fortes e também com o preconceito. Felizmente, a figura da mulher antes vista apenas no trabalho administrativo, vem ingressando em todos os setores da corporação, permitindo a participação em atividades extracurriculares e o aperfeiçoamento de suas vocações. Inquestionavelmente, essa “evolução” traz exemplos persistentes e inspirações para muitas jovens que desejam ingressar no serviço militar.

Em virtude dos argumentos apresentados, o prejulgamento e o sentimento de inferioridade em relação a Policial feminina ainda existem. Outrossim, a introdução cada vez mais ampla permite a difusão de opiniões e pensamentos distintos que perseveram esse gênero. Ademais, as mulheres representam um exemplo para a sociedade em geral, alcançando cargos e profissões elevadas, mostrando o seu valor e sua verdadeira capacidade.

 

 

 

Larissa Carvalho de Freitas Gomes, aluna do Colégio Tiradentes de Lavras, vencedora do concurso de redação sobre os 40 anos da Mulher na Polícia Militar de Minas Gerais.

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