AS ÚLTIMAS ELEIÇÕES E A SEGURANÇA PÚBLICA – UMA ANÁLISE
Pois bem, ninguém pode negar que a segurança pública foi na última campanha eleitoral (e já tem sido em outras) um dos temas mais abordados pelos candidatos em todos os níveis, pois é algo que a sociedade vê como primordial para a sua qualidade de vida, não há dúvidas quanto a isso.
Por outro lado, o que impressiona são algumas propostas dos candidatos, que inclusive conseguiram suas eleições, completamente descabidas e fora da realidade fática quanto ao seu conteúdo justamente por não estarem nelas contidas nenhuma possibilidade prática (nem mesmo teórica) de efetivação, nem a curto, a médio ou longo prazo.
Isso demonstra a falta generalizada de conhecimento sobre o assunto e, principalmente, o descompromisso com a sociedade no que diz respeito a sua segurança, pois sabe o político candidato (a esmagadora maioria deles) que a exposição do tema em sua campanha foi tão somente para angariar votos e não continha no seu conteúdo a intenção futura de colaborar na resolução do problema.
Infelizmente passamos por mais uma eleição (nível Nacional e Estadual) e de efetivo e prático na área da segurança me parece que nada acontecerá a não ser as mesmas velhas e calejadas propostas que temos visto ao longo dos anos, ou seja: “unifica as polícias”; “desmilitariza ou extingue as Polícias Militares”; “cria centros de comando e controle”; etc; e etc.
O que não vemos, e temos a impressão que não veremos, são debates e propostas concretas como: “ciclo completo de polícia a todas as instituições e órgãos policiais”; “verbas constitucionais para a segurança pública (verba carimbada)”: “valorização dos profissionais de segurança pública”; “alteração na legislação processual para torna-la mais célere apertando o cerco contra delinquentes diminuindo a impunidade”, dentre outras que de fato e concretamente possam fazer a diferença, proporcionando mais segurança e qualidade de vida a sociedade.
Para finalizar, chamo todos os leitores a reflexão. Não se deixem levar por discursos meramente eleitoreiros que não tenham em seu conteúdo medias prática e exequíveis que em nada contribuam, inclusive agora pós-eleição. Conclamo sim, em todas as oportunidades possíveis, que desconstruam sim esses discursos com manifestações individuais ou coletivas no cotidianamente em todas as esferas da sociedade e, principalmente, não votando no futuro nesses candidatos desqualificados que quando eleitos nada, ou muito pouco, fazem para o bem da segurança pública dos brasileiros.