NOTÍCIAS DE BRASÍLIA | SEMANA DE 29 FEV A 04 MAR
Proposta aumenta os recursos federais para a saúde nos próximos seis anos. Já o projeto sobre a dívida dos estados permite desconto maior nos pagamentos, mas reduziria receitas da União. Líderes partidários se reúnem na terça-feira, às 14h30, para discutir a pauta de votações. O Plenário da Câmara dos Deputados pode votar, a partir de terça-feira (8), a proposta que aumenta os recursos federais para a saúde (PEC 1/15) e o projeto que suspende a fórmula de cálculo da renegociação de dívidas dos estados (PDC 315/16). A votação da Proposta de Emenda à Constituição 1/15 foi marcada após negociações entre o líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), e vários deputados da Frente Parlamentar da Saúde, que buscam um acordo de mérito em torno do texto.
1.2 COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO
O Sistema Único de Saúde (SUS) gasta cinco bilhões de reais todos os anos por causa da violência no país. O dado foi apresentado nesta quarta-feira (2) pelo vice-presidente do Conselho de Administração do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, durante audiência pública na comissão especial da Câmara dos Deputados que debate formas de diminuir o número de assassinatos de jovens (C.E. PL 2438/15). Para o especialista, é preciso priorizar a situação, que coloca o Brasil na liderança mundial das mortes violentas. “O problema do Brasil é que a gente se acostumou e aceita viver com cerca de 60 mil mortes violentas por ano. São jovens, são negros, são pessoas que acabam tendo baixo protagonismo político e social. Quase que passa despercebido em alguns segmentos formadores de opinião, acho que tem aí uma questão ideológica que a gente precisa vencer”, afirmou.
1.3 COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTES
A Comissão Especial sobre a Alteração do Código de Trânsito (PL8085/14 e 139 apensados) debate em audiência pública, na quarta-feira (9), as atribuições das Polícias Militares no Sistema Nacional de Trânsito.
PAUTA DE REUNIÃO ORDINÁRIA
DIA: 09/03/2016
LOCAL: Anexo II, Plenário 09
HORÁRIO: 15h
– Reunião Deliberativa:
I – Deliberação de requerimentos
II – Audiência Pública
Tema: Atribuições das Polícias Militares no Sistema Nacional de Trânsito.
Req. 11/15 – Deputado João Paulo Papa (PSDB/SP)
Req. 13/15 – Deputado Capitão Augusto (PR/SP)
Convidados:
• Algerto Angerami – Diretor-Geral do Denatran;
• Marcos Elias Traad da Silva – Presidente da Associação Nacional dos Detrans – AND;
• Antônio Coelho – Presidente da Associação dos Agentes de Trânsito do Brasil – AGT-Brasil;
• Coronel Marlon Jorge Teza -Presidente da Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais;
• Capitão Julyver Modesto – Capitão da Polícia Militar do Estado de São Paulo; e
• Roberto Gregório da Silva Junior – Presidente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Públicos de Mobilidade Urbana da ANTP
Pela regra estabelecida pela MP, a multa para os organizadores da interrupção da via será de mais de R$ 19 mil, o que corresponde a cem vezes o valor da infração gravíssima. A comissão mista que analisa a Medida Provisória (MP)699/15, que aumenta a punição para quem utilizar veículos para bloquear vias públicas, tem reunião nesta terça-feira (8) para apresentação e votação do relatório do senador Acir Gurgacz (PDT-RO). A reunião ocorrerá no plenário 3, da ala Alexandre Costa, no Senado, a partir das 14h30.
1.4 COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO – CPI CRIMES CIBERNÉTICOS
Começou há pouco a reunião da CPI dos Crimes Cibernéticos para discutir o ciberbullying (intimidação sistemática praticada via internet) e o ciberstalking (perseguição praticada pela internet). Foram convidadas para o encontro a advogada especialista em direito digital, Gisele Truzzi, e a psicóloga Maria Tereza Maldonado. O deputado JHC (PSB-AL), autor do requerimento, afirma que a intenção é verificar as medidas que estão sendo adotadas para minimizar essas ocorrências.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Crimes Cibernéticos tem audiência pública na terça-feira (8) para discutir a violência contra a mulher na internet. O evento foi solicitado pelo deputado Rodrigo Martins (PSB-PI), sub-relator da área de segurança do colegiado.
1.5 COMISSÃO ESPECIAL PEC 430/09 – UNIFICAÇÃO DAS POLÍCIAS CIVIS E MILITARES
Representantes dos delegados da Polícia Civil participam hoje de audiência pública na Câmara dos Deputados para debater a unificação das polícias Civil e Militar. O debate ocorre na comissão especial criada para estudar e apresentar propostas de unificação do trabalho desses agentes de segurança pública. A audiência foi solicitada pelos deputados Subtenente Gonzaga (PDT-MG) e Vinícius Carvalho (PRB-SP). Gonzaga é autor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 431/14, que amplia a competência da Polícia Militar (PM), dando-lhe atribuições de polícia judiciária, com poderes de investigação. Atualmente, conforme a Constituição Federal, as atividades de polícia judiciária são de responsabilidade das polícias Civil e Federal. E, de acordo com o Código de Processo Penal, a polícia judiciária é um órgão da segurança do Estado que tem como principal função apurar as infrações penais e a autoria desses crimes.
A Comissão Especial da Unificação das Polícias Civis e Militares da Câmara dos Deputados realiza audiência pública na próxima terça-feira (8) para discutir as propostas de unificação das polícias civis e militares. A audiência irá debater o ingresso, a efetividade, a viabilidade de padronização da matriz curricular para formação básica, o treinamento e cursos de especializações das polícias, atendendo a requerimento dos deputados Subtenente Gonzaga (PDT-MG) e Vinicius Carvalho (PRB-SP). Em sua justificativa, os deputados afirmam que “é indispensável mapearmos as coincidências e as discrepâncias entre a cultura que permeia as polícias civis e militares para diagnosticarmos o grau de dificuldade em unificá-las, sem perder a qualidade do serviço prestado à população brasileira”.
1.6 OUTRAS NOTÍCIAS DA CÂMARA
A Câmara dos Deputados instalou nesta quarta-feira (2) a Comissão Especial que analisará o Projeto de Lei 8045/10, que institui novo Código de Processo Penal (CPP). O deputado Danilo Forte (PSB-CE) foi eleito por unanimidade presidente do colegiado. O projeto foi elaborado por uma comissão de juristas e já foi aprovado pelo Senado. Agora a proposta será analisada pela comissão ao longo de 40 sessões. Ao término dos debates, o deputado João Campos (PSDB-GO), que foi escolhido o relator da matéria, deverá apresentar seu parecer. De acordo com Danilo Forte, a missão do colegiado é oferecer ao País um novo CPP que acabe com a impunidade. “A justiça só pode fazer àquilo que está na lei. O Código de Processo Penal precisa estar atualizado e em consonância com a velocidade que o mundo tem hoje. O que a gente espera deste trabalho é construir um novo processo penal que garanta um clima de segurança à sociedade brasileira e que, ao mesmo tempo, responda pela dignidade do ser humano”, disse.
1.7 AGENDA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS
2. PODER LEGISLATIVO – SENADO FEDERAL
2.1 PLENÁRIO
O senador Wilder Morais (PP-GO) comemorou os resultados positivos do governo de seu estado no combate ao crime, mas criticou a “inoperância” do Ministério da Justiça e da presidente Dilma Rousseff em políticas de segurança pública. Segundo o senador, os estados estão sozinhos no enfrentamento do crime, incluindo o organizado, situação que considera agravada por uma legislação “frouxa” que não consegue manter criminosos presos. Wilder Morais lamentou que a presidente Dilma esteja mais preocupada em “salvar a própria pele” do que em aumentar a segurança do povo. – Enquanto o governo federal continua inerte, fazendo de conta que administra, os corpos se multiplicam no asfalto. Enquanto o Congresso Nacional vira as costas para o sofrimento do povo, os marginais tomam conta das cidades e do campo – protestou o senador.
2.2 COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA
Proposta (PLC 20/2014) que estabelece prioridade para julgamento de processos sobre crimes hediondos foi aprovada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). O relator do texto, senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), afirma que há muitas propostas em discussão no Congresso Nacional para aumentar as penas por crimes hediondos, mas pondera que isso não adianta se os processos não forem concluídos.
2.3 COMISSÃO MISTA DE COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
A Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher discutiu em reunião de trabalho, nesta terça-feira (1º), o balanço de suas atividades no ano passado e as metas para este ano. Foi lançada uma revista sobre o balanço dos trabalhos da comissão. A senadora Simone Tebet (PMDB-MS), presidente da comissão, citou cinco metas que nortearão o trabalho da comissão em 2016: a busca pela criação de banco de dados para unificar informações sobre a violência contra a mulher; a busca pela igualdade salarial entre homens e mulheres; o estímulo à educação e capacitação da mulher, a atenção especial às mulheres negras e a ampliação da participação das mulheres na política. — As metas foram baseadas em diversas pesquisas e dados e foi fruto do trabalho que tivemos no ano passado. A Procuradoria da Mulher também nos auxiliou nesse trabalho — disse Simone Tebet.
2.4 OUTRAS NOTÍCIAS DO SENADO
Novo líder do governo no Senado, o senador Humberto Costa (PT-PE) afirmou que o momento de crise política e econômica exige consenso dos atores políticos atuantes na Casa em torno de projetos que interessem ao Brasil e aos brasileiros. Para ele, é essencial um diálogo de alto nível entre a base governista e a oposição para debater temas como a criação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e a reforma da Previdência.
2.5 AGENDA DP SENADO FEDERAL
3. PODER JUDICIÁRIO
Treze investigadores com graduação e especialização nas mais diversas áreas do conhecimento participarão nos dias 8, 9 e 10 de março do Teste Público de Segurança (TPS) 2016 do Sistema Eletrônico de Votação, que será realizado no edifício-sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília. O objetivo do Teste é contar com a contribuição da sociedade para identificar possíveis vulnerabilidades e falhas relacionadas à violação da integridade ou do anonimato dos votos de uma eleição, e apresentar soluções de aperfeiçoamento. Oito propostas de invasão dos programas da urna eletrônica e sistemas correlatos foram apresentadas pelos investigadores e aprovadas pela Comissão Reguladora do evento. O Plano de Teste consiste no detalhamento do “ataque” que se pretende simular, embasado em normas, artigos, publicações e outros trabalhos técnicos e científicos. As propostas, que serão implementadas durante os três dias de evento, buscam quebrar o sigilo do voto e/ou fraudar a destinação dos votos digitados na urna.
4. PODER EXECUTIVO
Ao receber o cargo do ministro José Eduardo Cardozo, o novo ministro da Justiça, Wellington César Lima e Silva, afirmou que vai exercer a função com ética, transparência e garantir os direitos fundamentais da população. Ele prometeu empenho, dedicação e amor ao Brasil. Durante cerimônia de transmissão do cargo, ocorrida na tarde desta quinta-feira (3), no Ministério da Justiça, Lima e Silva destacou que a pasta tem grandes desafios a serem superados como a questão da segurança pública e as Olimpíadas de 2016. “As Olimpíadas oferecem ao Brasil uma grande oportunidade, e o Ministério da Justiça envidará todos os esforços para garantir a segurança do evento”, assegurou. A segurança pública foi o primeiro tema do MJ a ser abordado pelo novo ministro. Ele considera necessário o envolvimento de municípios, estados e da União, inclusive com a participação da sociedade, num esforço para promover a segurança do cidadão. Lima e Silva também defendeu a proteção dos direitos dos povos indígenas: “Eles devem ser reconhecidos e respeitados em suas diferenças”.
5. OUTRAS PUBLICAÇÕES (SITES, REVISTAS ETC.)
Wellington Lima e Silva assumiu nesta quinta. Governo vai recorrer. Ação argumentou que procurador não pode exercer outra função pública. A juíza federal Solange Salgado, da Primeira Vara da Justiça Federal de Brasília, suspendeu nesta sexta-feira (4), por meio de liminar (decisão provisória), a nomeação, pela presidente Dilma Rousseff, do novo ministro da Justiça, Wellington César Lima e Silva. A decisão atende a pedido formulado na última quarta-feira (2) pelo deputado Mendonça Filho (DEM-PE). Ele argumentou que a Constituição Federal proíbe membros do Ministério Público de exercerem outra função pública, salvo a de professor. A Advocacia-Geral da União (AGU) vai recorrer da decisão ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), segunda instância da Justiça Federal, cuja sede fica em Brasília. “Eu confio que essa liminar será cassada. É uma discussão jurídica sobre se um membro do Ministério Público pode ou não assumir cargo no poder Executivo. Na nossa avaliação, isso é perfeitamente possível e essa é a tese que o Conselho Nacional do Ministério Público defende”, declarou o ministro da AGU, José Eduardo Cardozo.
“A relação (entre Polícia Militar e sociedade) se perde lá atrás. É uma polícia formada pela ditadura, que vem buscando seu caminho hoje, mas por outro lado é cobrada pela própria sociedade para que aja com violência, daí fica uma distorção”, afirmou a secretária Regina Miki em entrevista à BBC Brasil durante visita a Londres. (Veja aqui)