PRINCIPAL DESAFIO DO NOVO COMANDANTE-GERAL DA PM EM MINAS SERÁ O COMBATE AOS ROUBOS

Oficialmente empossado como o novo comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais, o coronel Helbert Figueiró de Lourdes terá como principal desafio reduzir os roubos no estado. De janeiro a novembro de 2016, a cada quatro minutos um roubo foi registrado em Minas, totalizando mais de 120 mil ocorrências do tipo.

Mesmo sem os dados de dezembro, o total de casos em 11 meses ultrapassou os números de 2015, quando o ano terminou com 114 mil roubos. Essa é uma modalidade que assusta a população e mais contribui para reduzir a sensação de segurança nas ruas dos 853 municípios mineiros. O militar aposta em melhorar a gestão do serviço administrativo para liberar mais policiais para as ruas e também no uso da tecnologia, com bases comunitárias móveis para a região metropolitana, para prevenir esses crimes e dar mais segurança aos mineiros.

Figueiró de Lourdes espera também conversar com a Polícia Civil para tentar identificar os ladrões mais reincidentes e tirá-los de circulação, para conseguir ter um impacto direto na quantidade de roubos. “A estratégia em relação aos roubos depende basicamente de ações de inteligência. Os criminosos são reincidentes, são conhecidos. Nós buscaremos estratégias junto à Polícia Civil para que a gente consiga mapear todos os alvos dos batalhões em todo o estado. E fazer um trabalho direcionado aos marginais contumazes. Eu acredito que assim a gente dá um primeiro passo para reduzir a situação da criminalidade violenta no estado”, afirma o novo comandante-geral da PM em Minas.

O militar acrescentou que as novas bases comunitárias móveis, que foram anunciadas pelo governador Fernando Pimentel (PT) e vão ocupar 86 pontos de Belo Horizonte, terão uma estrutura de vídeomonitoramento. Além disso cada uma delas terá quatro policiais, sendo dois com motocicletas à disposição.

Helbert Figueiró de Lourdes substitui o coronel Marco Antônio Badaró Bianchini, primeiro escolhido por Fernando Pimentel para ocupar o cargo em sua gestão à frente do estado. Bianchini ficou dois anos à frente da PM e alegou questões pessoais ao solicitar sua saída ao governador, o que foi atendido por Pimentel. Em seu discurso de encerramento da carreira de 31 anos na PM, ele destacou a entrada de 3 mil novos policiais, além da modernização da frota policial e também a digitalização da rede de rádio usada pela corporação na Grande BH, abrangendo Belo Horizonte e mais 38 cidades do entorno.

Recentemente, Bianchini se envolveu diretamente na discussão da reforma da previdência, que previa inicialmente a perda de alguns direitos dos militares estaduais. Ele estabeleceu várias frentes de diálogo, inclusive com o próprio governador Fernando Pimentel, para reverter a situação. Militares ameaçaram, inclusive, fazer uma greve geral se os direitos desse segmento fossem perdidos.

Seu sucessor tem 29 anos de Polícia Militar, é natural de Belo Horizonte, casado com uma major da PM e tem dois filhos. Helbert Figueiró concluiu o curso de formação de oficiais (CFO) em 1990. Iniciou sua carreira no 14º Batalhão, de Ipatinga, no Vale do Rio Doce, e também serviu em outras unidades de BH, como o 1º, o 5º e o 16º batalhões, Batalhão de Polícia de Trânsito, Batalhão de Guardas e Academia de Polícia Militar.

Já como oficial superior, comandou o curso de formação de sargentos, de oficiais, foi comandante do 1º Batalhão da PM em BH, unidade responsável pelo patrulhamento do Centro da cidade, e sua última função foi a chefia do Gabinete Militar do governador Fernando Pimentel, atividade que também demandava o comando da Defesa Civil estadual. Figueiró é formado em direito pela Universidade Fumec e tem especialização em gestão da segurança pública pela Fundação João Pinheiro.

Fonte: Jornal Estado de Minas

Crédito da foto: Beto Novaes/EM/D.A PRESS

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