ATÉ QUANDO? A PERGUNTA QUE SEGUE SEM RESPOSTA
A Associação dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (AOPMBM) vem novamente a público externar sua indignação e revolta sobre a morte de mais um irmão de farda em serviço.
Na madrugada desta terça-feira (5), o Cabo PM Osias Alves de Barros veio a óbito após confronto com criminosos que adentraram a cidade de Pompéu para explodir caixa eletrônico. Da ação resultou, ainda, um policial militar gravemente ferido, o Cabo PM Lucas Reis Rosa, internado no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte. Um trabalhador que estava próximo ao local também morreu baleado.
Minutos depois, em ação semelhante, marginais explodiram um caixa eletrônico em Morro dos Ferros, distrito de Oliveira (área do 8º BPM), alvejando, no peito, o Cabo PM Leonel Richs de Aquino. O militar foi socorrido ao hospital da cidade de Oliveira, onde permanece internado.
Após um intenso rastreamento na região, com o objetivo de dar uma resposta à altura contra esses marginais, dois homens foram presos suspeitos de integrar a quadrilha. Eles foram encontrados na cidade de Moema, a cerca de 80 quilômetros do local dos crimes.
A rápida prisão desses bandidos nada mais é que o reflexo dos diversos Comandos da Polícia Militar, em especial do Comandante-Geral, Coronel PM Helbert Figueiró de Lourdes, no sentido que o esforço empenhado nessa operação culmine na prisão de todos os envolvidos, e que eles paguem por essa tragédia perante à Justiça. Sabedor de todas as dificuldades encontradas, reconhecemos também o empenho dos policiais envolvidos na ação que, mesmo diante da dor da perda de um amigo, jamais desistem de enfrentar essa corja de malfeitores.
Dias atrás, o Presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (AOPMBM), Coronel PM Ailton Cirilo, divulgou um editoral lamentando a situação em todo o território nacional. No texto, ele questionava tantas mortes de militares em combate. “Tais lamentáveis episódios nos levam a reflexões e indagações, cujas réplicas não confortam a dor da perda de mais um companheiro, mas fazem ressurgir a pergunta que não encontra resposta: ATÉ QUANDO?”, finalizou ele em suas tristes palavras.