APÓS MORTE DE MARIELLE, “BANCADA DA BALA” DEFENDE PM E ATACA QUEM DEFENDE BANDIDOS

Membros da chamada “bancada da bala” da Câmara, deputados federais se valeram do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) para sair em defesa da Polícia Militar, cuja atuação no Rio de Janeiro era frequentemente criticada pela parlamentar, e para atacar “gente que defende bandidos”.

Marielle foi morta a tiros na noite da última quarta (14), na região central do Rio de Janeiro. O motorista que dirigia o carro em que ela estava, Anderson Gomes, também foi assassinado. A principal linha de investigação da Divisão de Homicídios do Rio aponta para “execução”, segundo fontes ouvidas pelo site UOL.

Nesta quinta-feira (15), o deputado Eduardo Bolsonaro (PSC-RJ), filho do pré-candidato do PSL à Presidência da República Jair Bolsonaro (RJ), usou sua conta no Twitter para defender previamente policiais militares, que segundo ele serão acusados de “executar” a vereadora.

“Vão falar, refalar, bater, repetir tanto que a vereadora foi executada por um PM mesmo sem uma prova concreta disso. Daí quando surgir uma possibilidade qualquer de se ligar o crime a Policial em particular, pronto, ele já estará condenado”, afirmou Bolsonaro. “Mais uma lição: se você morrer seus assassinos serão tratados por suspeitos, salvo se você for do PSOL, aí você coloca a culpa em quem você quiser, inclusive na PM. Eis o verdadeiro preconceito, a hipocrisia. ‘Para os meus amigos tudo, aos demais a lei’, escreveu o parlamentar, em outra mensagem.

Bolsonaro continuou seu argumento dizendo que a polícia não recruta só brancos. “A minoria de jovens favelados que morre é trocando tiro, assim como Moro só condena quem roubou o povo. Não é uma questão de classe social, etnia, preconceito e sim de mérito: roubou? Vai preso! Atirou para matar? Leva tiro para morrer! O resto é secundário”.

O coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Segurança Pública na Câmara, Alberto Fraga (DEM-DF), também pelo Twitter, se referiu ao assassinato da vereadora e do motorista como “mais um ato de covardia”. “Ao ser preso, tenham certeza que é um reincidente do crime! E ainda tem gente que defende bandidos!”

Fonte: UOL

 

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