USO DA TECNOLOGIA AJUDA A DIMINUIR ASSALTOS A TAXISTAS EM JUIZ DE FORA

O sistema de monitoramento de câmeras tem ajudado a inibir os crimes contra taxistas em Juiz de Fora. A avaliação é comprovada pelos dados da Polícia Militar (PM) que apontou queda de 103 registros em 2016 para 59 em 2017 na cidade.

“Os números não mentem e o resultado está na rua. Tem produzido bons efeitos, a prisão de alguns criminosos e a diminuição do número de assaltos”, ressaltou o representante da Associação Brasileira de Taxistas, Marcus Costa.

A instalação foi um dos itens obrigatórios para concorrer na licitação pela concessão do serviço, anunciada pela Prefeitura em 2014 e realizada no ano seguinte. Segundo o integrante do Sindicato dos Taxistas, José Moreira de Paula, partiu da categoria o pedido de instação do equipamento. “Em 2014, houve um assalto com morte e exigimos mais segurança. Aí foi incluída como item obrigatório na licitação”, explicou.

Atualmente 527 veículos, de uma frota de 650 na cidade, contam com os equipamentos instalados. “A gente tem um pouco mais de força para trabalhar. Eu acho que foi muito vantajoso para nós taxistas e também para os usuários. A câmera é de uma tremenda importância”, afirmou o taxista Fabiano Chaves.

Queda de registros e identificação dos envolvidos

Um dos 103 casos registrados em 2016 foi o de um taxista, então com 52 anos, que foi esfaqueado pelos ladrões. Na época, os colegas protestaram pedindo segurança. A Polícia Civil prendeu e apresentou os suspeitos do crime dois meses e meio depois. Em 2017, entrou em vigor a obrigação de instalar os equipamentos. O custo deles é de R$ 4 mil, pagos pelo taxista. Segundo a PM, foram 59 de roubos a táxi no ano passado. Neste ano, as imagens registraram o momento em que o passageiro usou uma garrafa quebrada para ameaçar e roubar R$ 100 e o celular do taxista, no Bairro Monte Castelo.

De acordo com a PM, até março deste ano, houve cinco registros. E por causa das imagens das câmeras, dois foram presos. Um deles é o rapaz que usou a garrafa quebrada para ameaçar o taxista. “Qualquer ação que visa a identificação rápida do autor é válida. A câmera é mais um elemento que a PM tem para identificar o autor desse crime”, analisou o assessor de comunicação organizacional da 4ª Região Integrada de Segurança Pública, major Jovânio Miranda.

As câmeras foram instaladas no para-brisa ou no painel do veículo. Assim que o passageiro entra, começa a ser filmado. As imagens são enviadas para a Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra), onde um técnico tem acesso. “Com isso a gente pega as informações e transmite para a Polícia Civil ou para a PM para que possam fazer a investigação e elucidação do caso”, disse o secretário de Transportes e Trânsito, Rodrigo Tortoriello.

Autor: Por G1 Zona da Mata e MGTV

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