Audiência discute suicídios de policiais no Brasil

O suicídio de policiais no Brasil é o tema da audiência que a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado promove nesta quarta-feira (30).

O deputado Capitão Alberto Neto (Republicanos-AM), que pediu a realização do debate, afirma que há entre a categoria um alto índice de transtornos mentais, que servem gatilho para o suicídio. “A saúde mental é pilar na estrutura humana e tem que ser zelada e fomentada aos profissionais de segurança pública, que passam por inúmeras situações de risco”, afirma.

Segundo o parlamentar, as políticas de segurança pública não incluem a saúde mental dos agentes e militares. “O investimento muitas vezes é só material, na compra de viaturas e na construção de quartéis e delegacias.”

Neto afirma ainda que alguns estudos realizados pelo Grupo de Estudo e Pesquisa em Suicídio e Prevenção (GEPeSP) mostram que 80% dos policiais não se sentem reconhecidos pela sociedade nem pelos seus superiores. “Os governantes e parte da sociedade, não enxergam o policial como ser humano, por isso ele se sente cada vez mais descartável e adoentado”, afirma.

De acordo com a 13ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, no ano passado, 104 policiais cometeram suicídio – número maior do que o de policias mortos durante o horário de trabalho (87 casos) em confronto com o crime.

Debatedores
Foram convidados para discutir o assunto com os deputados, entre outros:
– a subsecretária de Prevenção à Criminalidade de Minas Gerais, Andreza Abreu Gomes;
– o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Luís Antônio Boudens;
– o secretário-geral da Associação dos Agentes Penitenciários do Brasil, Wesley Bastos; e
– o presidente da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais, Deolindo Carniel.

 

Da Agência Câmara

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