Brumadinho: bombeiros adotam nova técnica para agilizar vistoria dos rejeitos e tentar localizar 10 últimas vítimas da tragédia
As buscas pelas últimas dez vítimas do rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, vão entrar em uma nova fase a partir deste mês. Os bombeiros vão passar a usar novos maquinários, para agilizar o trabalho de vistorias dos rejeitos, uma vez que quase 2 anos e meio após a tragédia, cerca de 60% da lama da barragem ainda não foi inspecionada.
Segundo o porta-voz do Corpo de Bombeiros, tenente Pedro Aihara, a operação na Mina do Córrego do Feijão será dividida em quatro grandes estações. Duas começarão a funcionar ainda neste mês e as outras duas em agosto.
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Nesses locais, começarão a trabalhar grandes máquinas, que são plataformas de separação de partículas. De acordo com o tenente, a grande diferença é que esse maquinário vai agilizar o trabalho de seleção dos rejeitos, onde há possibilidade de localização de corpos ou segmentos.
“Mas como a gente faz a vistoria no material que já está previamente separado, conforme tamanho dele, isso agiliza muito a questão da velocidade da vistoria, então a gente consegue vistoriar mais material, em um intervalo menor de tempo. E isso contribui para o avanço significativo das buscas”, completou.
Os trabalhos estão na fase final de ajustes, antes da adoção da nova estratégia pelos bombeiros. Todo o custeio dos equipamentos será feito pela Vale, que é a responsável por arcar com os gastos da operação de buscas.
O rompimento da barragem em Brumadinho deixou 270 mortos, sendo que 260 corpos já foram encontrados. O mais recente foi identificado em maio deste ano. A vítima era o soldador Renato Eustáquio de Sousa, 31 anos, que constava como desaparecido desde o dia da tragédia.
Na semana passada, os militares acharam uma locomotiva que estava soterrada a mais de 15 metros de profundidade. A localização dessa máquina ajudará nos trabalhos de inteligência da corporação.